A spathodea campanulata é uma árvore exótica originária da África, também chamada de tulipeira-do-gabão ou xixi-de-macaco, sendo amplamente utilizada para fins ornamentais devido à beleza de suas flores que possuem formato de trompete e cores vibrantes. No entanto, seu plantio desenfreado pode ser extremamente prejudicial para o meio ambiente e para a biodiversidade, em particular para as abelhas, um dos principais agentes polinizadores na natureza.
Diante disso, o deputado Roosevelt apresentou o Projeto de Lei n° 801/2023 que proíbe a produção de mudas, a distribuição e o plantio das árvores dessa espécie no Distrito Federal. A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e seguirá para outras comissões antes de ser votada no Plenário da Câmara Legislativa.
O PL veio de uma sugestão do presidente do Instituto Abelha Ativa, Luís Lustosa, com intuito de não só preservar o equilíbrio ecológico das espécies nativas da flora do Cerrado, mas como também a vida de abelhas, beija-flores e outros insetos.
“As abelhas são animais fundamentais para a manutenção da biodiversidade e da produção de alimentos, uma vez que são responsáveis por aproximadamente 80% da polinização de plantas. Sem elas, muitas espécies vegetais desapareceriam, causando um impacto significativo na cadeia alimentar e na biodiversidade como um todo”, salientou o deputado Roosevelt.
Elas são atraídas pela grande quantidade de néctar produzido pela árvore, mas, ao se alimentarem, acabam ingerindo a toxina presente no néctar, o que causa sérios danos a elas. A redução da população de abelhas pode levar a uma diminuição na produção de alimentos e afetar a biodiversidade de forma geral.
Nesse sentido, um levantamento demonstra que, somente no Plano Piloto, existem cerca de 565 árvores desta espécie em 30 a 39 superquadras. “Por isso, é importante que haja um controle no plantio dessa planta, principalmente em áreas próximas a colmeias de abelhas e em regiões de grande biodiversidade”, ressaltou o parlamentar.
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